Argentina: Ir ou não ir?

"Desde a semana passada, quando começaram a pipocar os primeiros casos da gripe A no Brasil, amigos e familiares passaram a me ligar para saber a real situação do problema na Argentina. Quem está com viagem marcada deve vir ou não? Essa era a principal dúvida.

Até pouco tempo, quando o quadro ainda parecia sob certo controle, ponderava com as pessoas que se elas não estivessem enquadradas nos grupos de risco – grávidas, pessoas imunodeprimidas, crianças com menos de dois anos e idosos com mais de 60 – que viessem, mas tomando as precauções anunciadas, como lavar as mãos com frequência e evitar aglomerações. Porque sequer isso vinha acontecendo.

Desde o primeiro caso registrado aqui, em maio, muita gente passou por Buenos Aires sem nenhuma preocupação com o problema.

Hoje, a recomendação é outra. Ficar quietinho no Brasil.A gripe começou pelos setores médios e altos da sociedade - ironicamente, os primeiros casos foram de estudantes de colégios de classe alta que aproveitaram feriados e viajaram para a Disney. Crianças que, teoricamente, são bem alimentadas e têm o sistema imunológico mais forte. O drama pode ser bem maior quando a doença se espalhar de verdade pelos setores sociais mais baixos, onde já se detectaram alguns casos."

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Informações da jornalista Gisele Teixeira (Blog de Noblat)