terça-feira, março 29, 2011

Ops!

Será que o Terra confundiu óvulos com ovos?
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Olha só o título e a foto que postaram lá... Tá doido.
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domingo, março 27, 2011

domingo, março 20, 2011

PC do B fatura com parceiros de 2014 e 2016

Patrocinadores da Olimpíada do Rio-2016 e da Copa de 2014 fizeram doações na eleição de 2010 para o PC do B, partido do ministro do Esporte, Orlando Silva Jr.
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Levantamento da Folha mostra que o PC do B recebeu R$ 940 mil de patrocinadores da Olimpíada e da Copa, contra nada no pleito de 2002.

Os doadores foram a Coca-Cola, o McDonald's e o Bradesco. As duas primeiras empresas são patrocinadoras dos dois eventos, e o banco, apenas dos Jogos do Rio.

O dinheiro foi dado ao Comitê Financeiro Único do PC do B em três Estados: Amazonas, São Paulo e Rio. O que faturou mais foi o da a capital fluminense, sede da Olimpíada e da decisão da Copa.

A Coca-Cola deu a maior fatia do dinheiro. Principal subsidiária da empresa no Brasil, a Recofarma Indústria do Amazonas Ltda. doou R$ 450 mil aos comunistas. A Rio de Janeiro Refrescos Ltda., distribuidora na capital do Rio, deu R$ 100 mil.

A empresa é a mais interessada nos eventos: está garantida no rol de patrocinadores principais da Fifa (até 2022) e do COI (até 2020).

O PC do B recebeu R$ 350 mil do Banco Alvorada, controlado pelo Bradesco.

No final do ano passado, o banco ganhou a concorrência para prestar os serviços financeiros e de seguros para a Olimpíada de 2016.

A Arcos Dourados Comercio Ltda., nome do McDonald's no Brasil, doou R$ 40 mil aos comunistas.

A rede de alimentação é patrocinadora oficial da Olimpíada desde 1976 e tem contrato até pelo menos Londres-2012. No caso da Copa do Mundo, seu contrato vem desde 1994 e está em vigor.

As doações dos três patrocinadores olímpicos representam em torno de um sétimo do total ganho pelo PC do B nos Estados de São Paulo, Rio e Amazonas (sede da Coca-Cola), os que mais arrecadaram na última campanha.

Feito em conjunto pelo Esporte e pela Casa Civil, a Lei do Ato Olímpico deu exclusividade a esses e outros parceiros do COI no uso de espaços de publicidade em áreas federais relacionadas aos Jogos-2016, como aeroportos. Foi aprovada no Congresso.

Veja também: Verba para comunistas dispara em 4 anos

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Fonte: Folha Online

terça-feira, março 15, 2011

UPP faz preço de imóveis disparar no Rio

por Cirirlo Junior (Folha)
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Imóveis situados em bairros que receberam UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) chegaram a dobrar de valor, segundo levantamento do Secovi Rio (Sindicato da Habitação).

Em Copacabana, na zona sul, um imóvel de dois quartos custava, em média, R$ 603,4 mil no final de 2010. Esse valor supera em 101,40% a cotação média de R$ 299,6 mil observada para um imóvel de característica semelhante em junho de 2009, quando a primeira da cinco UPPs do bairro foi implementada.

Botafogo foi o primeiro bairro a receber uma UPP, no final de 2008. Em dois anos, um imóvel de quatro quartos na região ficou 114,12% mais caro -- de R$ 595 mil para R$ 1,2 milhão. Um apartamento de dois quartos teve o preço aumentado em 67% no mesmo período, saltando para R$ 550,1 mil em média.

Em Ipanema, um dos bairros mais nobres da cidade, um imóvel de quatro quartos subiu 158,59% em dois anos. No fim do ano passado, custava, em média, R$ 3,7 milhões. Já uma residência de dois quartos no mesmo bairro ficou 62,14% mais cara, chegando a R$ 1,1 milhão médios.

O aluguel seguiu ritmo parecido. Um imóvel de um quarto ficou 159,53% mais caro desde dezembro de 2008. O aluguel custava, em dezembro de 2010, R$ 1.783 em média, ante R$ 687 há pouco mais de dois anos.

Pagar aluguel de um apartamento de três quartos no mesmo bairro ficou 139,24% mais caro em dois anos -- de R$ 1.570 para R$ 3.756.

Telefônica e Itaú voltam a liderar ranking de reclamações

As cobranças indevidas lideraram o ranking de reclamações dos consumidores na Fundação Procon de São Paulo, segundo a lista divulgada nesta terça-feira.

Esse item respondeu por 28% das queixas fundamentadas --8.855 de um total de 31.509. Esse número se refere às demandas dos consumidores que não foram solucionadas na fase preliminar, resultando na abertura de um processo administrativo.

O Bradesco passou da sétima posição para a terceira e a Samsung pulou da 20ª para a quarta colocação. Já a Claro subiu um degrau e agora aparece como a quinta empresa com o maior número de reclamações.

A Eletropaulo seguiu o caminho inverso, caindo da terceira para a sexta colocação, mas ainda assim deixou de atender 71,1% das reclamações. O número só não é maior --considerando a lista com as dez empresas que estão no topo do ranking-- do que o do Santander (79,1%). Além de cobranças indevidas, a distribuidora recebeu muitas queixas referentes a danos a equipamentos devido aos apagões.

Fonte: Folha On-line

quinta-feira, março 10, 2011

40 kg em 40 dias

Vamos nessa? Não, não é uma dieta. É uma proposta para a Quaresma. Você junta 1kg de alimento não perecível por dia e juntos, no 40º dia, vamos distribuir aos mais necessitados. É fácil conseguir!
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São decisões simples. Basta não tomar aquele cafezinho ou suspender a sobremesa durante este período. Pondo 100g a menos no prato do almoço também vai ajudar... De quebra você ainda perde peso. Gostou, né? Vamos nessa? Espalha aí e a gente vai conversando. Olha, vai lhe fazer um bem... Papai do Céu vai ficar feliz!

segunda-feira, março 07, 2011

Carnaval 2011: Média de 140 crimes por dia


Nos quatro primeiros dias de Carnaval, em Salvador, foram registradas 562 ocorrências policiais relacionadas à festa, contabilizadas até o final da tarde deste domingo, 6, segundo dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
A quantidade de lesões corporais ocorridas em função de agressões praticadas no circuito Dodô ( Barra-Ondina) divulgadas pela SSP-BA não coincidiam com a quantidade de pessoas lesionadas, vítimas de agressões na área do Carnaval, atendidas no Hospital Geral do Estado (HGE). (Informações de A Tarde Online - Foto: Claudionor Junior)

domingo, março 06, 2011

Nova rota da prostituição


O objetivo segue sendo o mesmo: ganhar a vida se prostituindo na Europa. Mas o caminho trilhado por centenas de brasileiras que todos os anos atravessam o Oceano Atlântico dispostas a vender o próprio corpo começa a mudar. Investigações feitas pela Polícia Federal identificaram novas rotas que vêm sendo utilizadas por mulheres e também homens e travestis. No lugar dos voos diretos, com saídas dos aeroportos internacionais do Rio de Janeiro e de São Paulo, viagens mais longas, com escala em Salvador e nos vizinhos Suriname e Guiana Francesa.
Espanha e Portugal são apontados como os dois países que mais recebem brasileiros que vão viver da prostituição. “Além de facilidade de adaptação à língua, o amplo mercado de trabalho para quem quer se prostituir também pesa na hora da escolha”, revela a chefe da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal, em Brasília, delegada Paula Dora Aostri Morales. A facilidade de locomoção entre os países da União Europeia também incentiva o deslocamento por outros locais, como Itália, por exemplo.
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Reportagem de Mahomed Saigg (O Dia)

terça-feira, março 01, 2011

Destruíram a camada de ozônio da alegria

por Vinicius Factum (*)
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Backstage, Salão de beleza, Cyber Café, Sala de Massagens, Boite, Cinema, Hospitality Center, Praça com Jardim Oriental, Lounge, Heliporto... Não é nenhum Shopping Center e nem propaganda de condomínio fechado da classe alta. É o que oferece um dos camarotes daqui de Salvador para quem se habilita a investir para “curtir” a folia e pagar o preço para parecer uma pessoa com uma imagem diferenciada.
Dá status ser de tal camarote, ter uma camisa ou crachá de acesso ao seu interior. O objetivo é ser VIP (pessoa muito importante), pelo menos parecer. Ser celebridade ou estar ao lado de alguma. Compra-se esse direito que não é adquirido.
A mídia incentiva e faz a cobertura desses espaços, dando a impressão de ser uma festa democrática, já que registra os foliões espremidos, pulando no asfalto, como se fosse uma opção estar ali confinado ao seu metro quadrado. É o que lhe pertence, de fato.
É dessa forma que o carnaval da Bahia se apresenta. É nisso que transformaram-no. Um carnaval para privilegiados, para quem tem poder aquisitivo. Uma festa que era popular, onde pobres e ricos se encontravam para brincar descontraidamente e celebrar com música, dança, bebida e muita paixão as suas diferenças. Cadê a essência da festa e todo o seu perfume natural?!
Destruíram a camada de ozônio da alegria. O inesperado, a descontração, o inusitado e o despojamento deram lugar a mercantilização.
Usaram a desculpa da violência para construir guetos nas avenidas da folia. Abortaram o que surgiu de forma espontânea e desprovida de interesses comerciais. Impuseram limites para o folião simples, do povo, que hoje é tratado de forma pejorativa com o nome de “pipoca”. “Eu sou o carnaval em cada esquina!”, já dizia Moraes Moreira.
Também, com o argumento de que o Centro de Salvador ficou pequeno, desviaram a folia para bairros nobres, mas na verdade sabe-se que a pressão dos hotéis foi um fator decisivo, já que é na orla marítima que se concentra a grande rede hoteleira.
Cantores/empresários divulgam com estardalhaço a presença durante os festejos de artistas e personalidades nacionais e internacionais, como se o carnaval baiano precisasse desse link.
As TV´s mostram o carnaval da beleza branca e de olhos verdes. A beleza importada. As câmeras, quando é pra mostrar o povão, faz o registro via aérea. Perigoso aparecer na tela a nossa realidade tão de perto, não é? Pode não dar ibope!
Nessa festa o povo que era a atração principal, hoje foi relegado a coadjuvante e sem cachê. Muito pelo contrário, é exigido um pagamento para poder participar de um carnaval que foi feito por ele e para ele. O povo perdeu o direito de arena. Ou melhor, tiraram-lhe esse direito adquirido. Roubaram-lhe a fantasia!
Os Blocos, que foram criados sem cordas, hoje ostentam a definição de ser (como diz a propaganda de um deles), “o metro quadrado mais bonito da avenida”. Isso tem nome: Segregação social e racial! Para sair em uma dessas entidades, cujos cantores e bandas já são destaques nacionais, é exigida um pagamento em torno de dois salários mínimos... Ai daquele que tiver seu domicílio em bairros que não sejam nobres... Se for negro, ou sai em algum do terceiro escalão ou então em Blocos Afros.
Daqui a algum tempo vão cobrar para você respirar o “ar do carnaval”. Pensando nisso eu já estou guardando algumas garrafas vazias na área de serviço. Guardem as suas também, pois com casco será mais barato.
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(*) Blogueiro, economista, saxofonista e Paroquiano

"A mão que afaga é a mesma que apedreja..."

por Acúrsio Esteves
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Fim do século XIX, a Bahia testemunha uma mudança de costumes na sua maior festa popular. Estou me referindo ao nascimento do carnaval e à morte do entrudo. Se o preconceito e a segregação social além da violência física eram as notas destoantes desta manifestação de origem portuguesa, o carnaval recebe este dote como herança e até intensifica o seu caráter hierarquizado concebendo, porém, novos paradigmas lúdicos, estéticos e capitalistas. No entrudo, negros “brincavam” ao lado de brancos, e estes podiam atingi-los com as famosas laranjinhas, farinhas, água fétida e toda a sorte de armas podres, enquanto aqueles só poderiam fazê-lo entre si. Já no carnaval do início do século XX, a "inconveniente" presença dos afrodescendentes e pobres foi alijada do nobre circuito do corso, (onde o préstito trazia a "nata" da sociedade baiana em suntuosos desfiles), e nem sequer imaginada nos seletivos bailes dos salões do Teatro São João, Teatro Politeama, Cruz Vermelha e Fantoches da Euterpe. Formaram-se (a exemplo de hoje) dois circuitos distintos no carnaval de Salvador.
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Na Rua do Palácio (hoje Chile) acontecia bem comportado o desfile eurocêntrico dos citados clubes e na Baixa de Sapateiros a farra de entidades negras como Guerreiros d´África, Embaixada Africana, Pândegos d´África, evocando e reverenciando suas origens. Dentro deste contexto é que surge em 1950 um elemento que vem promover uma mudança radical na forma de se brincar o carnaval: o trio elétrico. Fruto da musicalidade baiana vindo através da genialidade inventiva da dupla Dodô e Osmar, ele é concebido no início da década de 50. Esta genial criação mais tarde viria a se tornar a marca registrada do carnaval de Salvador, e modificaria por completo e para sempre a estrutura da folia. Sem pedir licença, de forma irreverente e tendo um forte compromisso com a alegria, a dupla Dodô e Osmar à revelia de tudo e todos destrói o “status quo” vigente e decreta a democracia no carnaval através da participação coletiva simultânea onde negros e brancos, ricos e pobres tinham algo em comum: pulavam atrás do trio.
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Como bem colocado pelos seus próprios criadores referindo-se à multidão que o acompanha, "pula gente bem, pula pau-de-arara, pula até criança, e velho babaquara" ou mais sinteticamente como Caetano "atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu". Este caráter libertário e unificador lhe confere a primazia de efetivamente ter uma atitude conseqüente contra o preconceito e a segregação social e racial no nosso carnaval ainda que não de forma intencional, pois, o único objetivo dos seus criadores era o entretenimento pessoal e a diversão da massa.
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A preferência por essa nova forma de se brincar no outrora plural carnaval de Salvador veio se acentuando a partir da década de 50 atropelando tudo e todos que não se rendessem aos seus acordes contagiantes. Entidades carnavalescas como Escolas de Samba, Blocos de Índio, Afoxés, Cordões e Batucadas foram gradativamente se não extintas, quase desaparecidas. Sua atuação quase hegemônica, monopolizando a preferência e atenção popular e divulgando nacionalmente o carnaval de Salvador, veio em fins da década de 70 e início de 80, aprisioná-lo nas cordas dos blocos que já vislumbravam o seu poder como elemento facilitador de apropriação de capital. Estes, em seu favor, abdicaram no tradicional sopro e percussão, iniciando um processo no qual o trio passaria a ser uma propriedade particular, reconduzindo às ruas uma hierarquia social, econômica e racial perdida no tempo, contribuindo sobremaneira para a atual privatização desregrada do espaço público. O trio libertário, servo e promotor do prazer, passou a ser refém da sua própria alegria e reescreveu a história dividindo de novo os foliões que outrora ele juntou num caldeirão de euforia, em associados e pipocas, pobres e ricos, negros e brancos. Virou passarinho cantando na gaiola para quem poder pagar mais.
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Dentro desta lógica capitalista, os antigos grilhões por ele arrebentados na década de 50 são, por seu intermédio, recolocados no povo. O trio ocupou o lugar de agente da discriminação, da segregação e do preconceito a serviço das elites econômicas e seus "podres poderes" legalmente constituídos. Perde o significado a assertiva de Moraes Moreira, quando este diz em uma das suas composições em comemoração aos 25 anos do trio, se referindo ao nosso carnaval "É o lugar do mundo inteiro que se brinca sem dinheiro, basta só existir e na vida passar um Trio Elétrico de Dodô e Osmar". A cor da pele, a posição social, endereço nobre (ou pobre) voltaram a fazer diferença. A alegria do trio agora tem preço (caro) e nome: Eva, Cheiro de Amor, Camaleão... Ele que antes era do povo, para o povo e pelo povo, hoje é classificado como "de bloco" e "independente". Independente... Porreta essa!!! É de fazer Dodô e Osmar se arrepiarem e revirarem no túmulo.
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Início do século XXI, o "agente da alegria", refém (sem direito a resgate) do poder econômico, massifica uma padronização estética que empobrece e privatiza a festa e sufoca, ou melhor, aniquila a criatividade popular. Esta padronização é responsável pelo que o Profº Joaquim Maurício Cedraz Nery chama de militarização do carnaval, que se caracteriza pela presença do uniforme (abadá), da quase uniformidade do ritmo (axé, pagode), das evoluções coreografadas no percurso, da posição na fila e revezamento do comando (mesmos "cantores" atuando em todos os "regimentos", digo, blocos). Este novo modelo de carnaval tem no turismo seu mais recente e rentável filão econômico, um promissor caminho para a sua esclerose e autofagia.
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Pois é leitores, o paraibano Augusto dos Anjos (chamado o poeta do mau gosto) está coberto de razão quando diz: "O beijo, amigo, é a véspera do escarro, a mão que afaga é a mesma que apedreja". Está aí o trio elétrico que não lhe deixa mentir... Já se disse que o mundo dá voltas, que a história se repete, é cíclica etc., e nós estamos vivos para testemunhar mais uma vez o povo ser usurpado de mais um patrimônio cultural em favor da elite. Pobre folião de Salvador. Pobre carnaval da Bahia!
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Fonte: A Tarde Online