sexta-feira, março 12, 2010

"O TEMPO PASSOU E ME FORMEI EM SOLIDÃO"

por José Antônio Oliveira de Resende (*)
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Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de pára-quedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... Casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas
– e dizia:
– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... Tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também.
Pra quê televisão? Pra quê rua? Pra quê droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... Era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa... A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... Até que sumissem no horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
– Vamos marcar uma saída!... – ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas.. Pra quê abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos, do leite...
Que saudade do compadre e da comadre!
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(*) Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei.
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Texto enviado pelo Leitor Luiz Tinoco

terça-feira, março 09, 2010

Aqui em Pilão Arcado é assim...

Bolsa família, auxílio pesca e tantas outras vantagens que o governo Lula deu aos pobres agora não pode ser mais tirado. O que percebo é um monte de gente sem vontade de trabalhar e que, Deus sabe como, sobrevive com esse dinheiro. Aqui em Pilão Arcado é assim...

sábado, março 06, 2010

"O Evangelho se atualiza nas culturas e nas pessoas"

por Pe. Clécio Ferreira de Alencar
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Para falarmos em missão paroquial é necessário lembrarmos que a Igreja é uma unidade na diversidade. O Evangelho se atualiza nas culturas e nas pessoas, na medida em que as acolhemos como povo santo de Deus. Missão paraquial não pede ser uma “guerra santa” contra os “não católicos” ou os católicos afastados e indiferentes. É na pluriformidade das iniciativas de evangelização que a paróquia deve se colocar a serviço como humilde serva enviada por excelência a ajudar o seu Senhor a remir o mundo. A paróquia é um organismo vivo e toda missionária. Como Igreja, ela já nasce enviada, é mensageira das boas novas de Deus e é companheira de viagem de todas as bases em direção do reino.
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A paróquia não é uma instituição estática, mas uma expedição, sempre está inserida em uma realidade dinâmica investida do mandato de anúncio e testemunho. Os paroquianos que fazem parte dela são destinados a viver como viajantes e não como sedentários. A paróquia em missão deve se tornar ponto de referência para todos, pois a partir dessa designação iremos até as pessoas.
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Missão dos Fiéis
Será a partir dos próprios leigos e pastores que a missão funcionará sem rupturas e tentações de desânimo. A Igreja é serviço, é comunhão e é em sua essência missionária. E nas suas raízes profundas está o mistério de amor da comunidade Trinitária. Sem a Trindade não pode existir missão.
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Novos Rumos
No contexto da urbanização, certas paróquias ficaram só com o nome porque o material humano mudou completamente. As pessoas veem a Igreja Católica local como sendo mais uma em meio a tantas denominações e grupos evangélicos. Daí, o caráter de que os poucos católicos praticantes desses ambientes, deveriam estar em estado permanente de missão, pois somente pelo anúncio e presença se transformará essas realidades indiferentes.
No âmbito da mobilidade social, o trabalho, mercado, emprego, comércio não acontecem onde as pessoas moram, mas em ambientes diversificados longe das famílias. A paróquia deve se fazer presente de alguma forma nesses ambientes. Sem contar os meios de comunicação que esmagam com suas concorrências gritantes muitos valores que seriam necessários para que as pessoas pudessem compreender seu valor na sociedade e na Igreja.
E ainda vale dizer que desafios como a pregação vazia do Evangelho pelas “televisões”, faz produzir uma indiferença cultural. A religião ou a Igreja é importante enquanto for cômoda. E Deus é aceito enquanto não atrapalha. Mas se Ele se torna um hóspede incômodo, é o caso de deixá-lo para trás ou na porta de casa.
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Missão da Comunidade
Para estarmos em missão a cada dia em nossas paróquias precisamos certamente da ajuda do Espírito Santo, pois Ele criou o mundo, guiou o povo de Deus pelo deserto, ungiu nosso Senhor, desceu sobre a Igreja, falou pelos profetas e pelas Escrituras.
E é o mesmo Espírito que hoje está a nos falar por meio dos inúmeros sinais. E ele nos aponta um caminho, nos dá aquela força de cristãos e as perspectivas para realizarmos o quanto antes essa missionariedade eclesial.
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Fonte: Revista Paróquias & Casas Religiosas

terça-feira, março 02, 2010

A dieta da humilhação


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Este casal gordinho aí da foto, já tinha tentado todas as dietas para emagrecer sem resultado. Até que um dia, durante um vôo de férias eles encontraram o caminho para perder peso sem querer. E sabe como? Por causa da humilhação que sofreram dentro do avião. Juntos, Alan e Jan Coupe, somavam 241 quilos. Logo que entraram na aeronave já foram se sentindo desconfortáveis ao esbarrar nas cadeiras e nos outros passageiros até chegarem a seus assentos onde sentaram-se apertados. A situação chamou a atenção da tripulação a tal ponto que uma comissária foi até eles e disse que tinha muito peso naquela área do avião,pedindo para que um dos dois se sentasse em outra cadeira.Envergonhado e muito sem jeito, o marido resolveu mudar de lugar sem discutir. A mulher contou que ficou tão humilhada que teve vontade de pedir para o avião voltar para ela descer.
Mas, apesar de toda a saia justa que passaram, foi esse momento de extrema humilhação que fez o casal enxergar definitivamente a necessidade de emagrecer. Graças a isso você pode ver o casal na foto acima. Eles perderam juntos 95 quilos e agora podem sentar-se, sem susto, em seus assentos no avião como qualquer pessoa normal. Os dois dizem que na época queriam até processar a companhia aérea, mas hoje, depois de magros entendem que também não gostariam nem um pouco de sentar ao lado de alguém que estivesse ocupando espaço em seus assentos por ser muito gordo. A Organização Mundial de Saúde calcula que haja um bilhão de pessoas hoje acima do peso no mundo e, entre elas, 300 mil seriam obesas.
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Bem, para essas, talvez esteja faltando uma viagem de avião na classe econômica e uma comissária de bordo cara de pau e mal educada que as façam acordar para seu problema de obesidade. Quem diria, heim? Humilhação emagrece, minha gente!

WeForest: árvores são a solução para todos os problemas

O aquecimento global, a produção alimentar insuficiente, a escassez de água potável e a pobreza são quatro dos grandes problemas que ameaçam a humanidade. E se todos pudessem ser resolvidos, ao mesmo tempo, com apenas uma ação, que nem é tão mirabolante assim?

A WeForest garante que é possível. Segundo a ONG, se reflorestássemos todas as áreas que foram desmatadas nos últimos 60 anos no mundo e aplicássemos, em cada área, técnicas de permacultura, em três anos teríamos:
– água e comida para toda a população;
– milhões de novos empregos;
– um ar muito mais puro;
– uma elevação de 10% na umidade do ar
– e, ainda, a redução de 3 a 5ºC na temperatura do planeta.

É por isso que a WeForest traçou, como meta, o reflorestamento de 20 milhões de km² em áreas desmatadas de todo o mundo. No Brasil, a ONG já atua em Fortaleza, Minas Gerais e São Paulo, plantando espécies nativas da Mata Atlântica. Achou a causa legal? Então, participe! Para quem quiser ajudar mais efetivamente, dá para contribuir financeiramente no site da ONG ou, ainda, participar de projetos que apóiam a WeForest, como o Neo.org. (Saiba mais no post Participe da Declaração de Cidadania Global com Neo.org!)

Sem contar que, se essa ideia da WeForest for mesmo possível, um outro belo jeito de ajudar a causa é plantar, você mesmo, algumas árvores por aí. Que tal?
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Fonte: super.com.abril

Que palanque é esse?!

Em entrevista, hoje de manhã, a um programa de rádio muito popular em Maceió, Joaquim Britto, presidente Estadual do PT, anunciou, sem esconder o orgulho:

- O Senador Fernando Collor (PTB-AL) estará, sim, no palanque da candidata Dilma Rousseff à presidência da República. Seria um incoerência tê-lo como parceiro no plano nacional e alijá-lo no plano local.

Britto está coberto de razão.

Informações do Blog de Noblat