domingo, novembro 28, 2010

Traficantes cariocas podem invadir Salvador

Enquanto o Rio de Janeiro assiste ao vivo e a cores a versão original da Tropa de Elite, com os policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) efetuando ataques às favelas em busca de traficantes, ações que resultam em cenas chocantes mostradas em horários nobres dos canais de televisão, Salvador reflete sobre esta situação de terror e teme que possa ser a próxima vítima da violência urbana em grande escala. Ontem, já era dada como certa por parte das autoridades cariocas que os bandidos estavam fugindo para destinos ainda ignorados.
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“A tendência é estes criminosos virem para o Nordeste, porque eles não vão ter condição de enfrentar o poderio do Exército. Salvador, Fortaleza e Natal são as cidades preferidas pelos chefes do tráfico do Rio de Janeiro, que chegam e investem muito dinheiro.
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Vilas do Atlântico já foi o antro de traficantes do sul, que fugiram pra cá”, comentou o advogado criminalista João Novais, um dos mais atuantes da cidade, que considera a polícia baiana despreparada para enfrentar um possível êxodo da bandidagem carioca.
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“A polícia da Bahia não tem estrutura para combater a bandidagem daqui, imagine a do Rio. Por isso mesmo corre o risco de ser alvo dos traficantes cariocas. O policial baiano ganha um salário de vergonha, o que o torna mais fácil de ser corrompido pelo crime organizado, que age como empresa e movimenta fortunas.
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É preciso que o policial tenha uma boa base familiar para não se deixar envolver pela corrupção promovida por facções cariocas ou paulistas, que são comandadas por cabeças pensantes, bandidos inteligentes”. (Informações da Tribuna da Bahia)

sexta-feira, novembro 26, 2010

Vilão ou mocinho?

Jalecos e gravatas podem disseminar infecções e doenças
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por Adriano Villela (Tribuna da Bahia)
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Um dos recursos disponíveis para o controle de infecções no ambiente hospitalar, o jaleco pode transmitir doenças, caso seja usado inadequadamente. O risco maior está na entrada e saída dos hospitais trajando a vestimenta, abrindo espaço para a troca de bactérias nos dois sentidos: da rua para a unidade de saúde e vice-versa.
Pesquisa divulgada recentemente pela PUC-SP revelou que 95,83% dos jalecos continham algum microorganismo. O presidente da Sociedade Baiana de Infectologia, Adriano Oliveira, destaca outros cuidados com vestes dos profissionais de saúde. “É uma discussão antiga. Estudos da Inglaterra mostram que a gravata, peça que não é lavada sempre, transmite doenças”, acrescentou o médico baiano. Oliveira defende a adoção de cuidados específicos com as roupas do profissional de saúde para cada tipo de paciente.
Se um médico vai atender alguém com bactérias multiresistente e depois pessoas com bactérias comuns, é conveniente que ele troque o jaleco”, defendeu o infectologista. O uso de camisas de manga comprida, acresce ele, requer o cuidado no sentido de evitar que a veste toque nos internados. Adriano Oliveira condena a atitude de médicos que mantêm o jaleco quando saem na rotina social fora do hospital. “É também uma questão de etiqueta, de educação. Não se usa uma roupa de trabalho fora do ambiente adequado”, disse.
Presidente do Sindimed, o médico José Cayres, reconhece o hábito de utilização indiscriminada do jaleco. Cayres alerta que o cuidado com a vestimenta deve ser incumbência de todos os profissionais de saúde.
“Entre os jovens, o jaleco é “cult”. Não sei se é a palavra certa, É um hábito incorreto, que os jovens fazem quando cursam a faculdade por vaidade”.
O sinal amarelo quanto ao uso das vestes cresceu após a eclosão de vários casos da superbactéria KPC, no mês passado, sobretudo no Distrito Federal. A falta de cuidados quanto aos procedimentos de controle de infecção foi uma das causas do crescimento da bactéria resistente a praticamente todos os antibióticos.
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Veja também:

quarta-feira, novembro 24, 2010

O lado triste da Bahia

por Paixão Barbosa (*)

Quem ligou a TV na manhã de [ontem] para assistir aos noticiários começou o dia com o astral lá embaixo, tantas foram as notícias veiculadas sobre crimes e violência.

Os dois casos de maior repercussão da semana, as mortes das duas garotas decapitadas – crime de brutalidade sem par, que nos faz pensar sobre que tipo de ser humano é capaz de fazer uma coisa assim – e a do garoto atingido por uma bala quando estava dentro da sua casa, são apenas duas situações-limite num quadro geral de violência generalizada.

Passada a campanha eleitoral, durante a qual foram ouvidas muitas promessas de investimentos na área da segurança e apresentados diversos números tentando tornar o cenário mais cor de rosa possível, os baianos se batem de frente com a realidade. E esta é muito cruel.

Segundo os dados do Observatório de Segurança Pública, uma organização não governamental especializada na área, o número de casos de violência na Região Metropolitana de Salvador cresceu assustadores 386% nos últimos dez anos (em Salvador, o crescimento foi de 277%).

A média de assassinatos na RMS já chega a oito por dia e os números continuam crescendo, ao contrário de outros Estados que conseguiram reduzir o ímpeto da violência, a exemplo de São Paulo e Pernambuco, onde houve uma sensível queda no quadro de mortes violentas.

Triste Bahia. E mais tristes, e assustados, ficamos nós, os baianos, que estamos expostos a tal situação, nas perspectiva de, a qualquer momento, fazermos parte desta vergonhosa estatística.

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(*) Política e Cidadania (A Tarde Online)

terça-feira, novembro 23, 2010

Comerciantes do Pelourinho devem 7,8 milhões ao IPAC

Enquanto não se chega a uma solução sobre a situação do Centro Histórico de Salvador, os problemas se acumulam. Segundo o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), cerca de 278 comerciantes acumulam dívidas de R$ 7,8 milhões. De acordo com o órgão, “o modelo de ocupação de imóveis implantado a partir da década de 1990 para reabilitação o Pelourinho, distribuindo imóveis para comerciantes e lojistas da iniciativa privada como se fosse um Shopping Center à céu aberto, como anunciou a gestão governamental da época mostrou-se falido, pois esses comerciantes não honraram com os seus compromissos de pagamento como determina o contrato que assinaram”, diz em nota.
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O presidente da Associação dos Comerciantes do Centro Histórico de Salvador, Acopelô, Lenner Cunha, reconhece as dívidas dos empresários e dos moradores do Pelourinho. “A Acopelô tomou o leme dessa discussão com o IPAC. No ano passado levamos um documento ao governador Wagner pedindo o rebate de 95% dessa divida para que os concessionários pudessem pagar 5% do montante". (Informações da Tribuna da Bahia)

segunda-feira, novembro 22, 2010

Gafe derruba ministro

O ministro da Justiça do Japão, Minoru Yanagida, renunciou após a repercussão causada por recentes comentários nos quais afirmava em discurso em sua circunscrição de Hiroshima (oeste do Japão) que ser ministro da Justiça do Japão "é fácil" porque só tinha que lembrar duas frases se [lhe] fizessem alguma pergunta na Dieta (Parlamento).

Segundo disse, essas duas frases eram "não devo fazer comentários em casos individuais" e "estou atuando de forma apropriada de acordo com a lei e com as provas". (Informações da Agência Estado)

Não a Obama

Uma pesquisa da Universidade Quinnipiac revelou que 49% dos eleitores americanos considera que o presidente Barack Obama não merece um segundo mandato. (Informações da EFE)

quinta-feira, novembro 04, 2010

Grande encontro

Redes sociais e eleições em 2010

Finalmente, a internet e as redes sociais tiveram um papel mais relevante nas eleições brasileiras. Porém, como bem disse Pedro Doria em artigo no Estadão (31/10/10), ninguém venceu na rede. O empate entre os candidatos nesse meio de comunicação revela que, no limite, as redes sociais não favoreceram ninguém nem foram decisivas para o resultado final.

O Brasil de 2010 ainda é um país em que a penetração da internet é baixa, apesar da vocação do brasileiro para a rede e do seu potencial de crescimento explosivo. Sendo assim, não houve qualquer episódio nas redes que modificasse de modo claro e decisivo as tendências do processo eleitoral. No futuro, no entanto, não deverá ser assim.

A internet será, cada vez mais, o meio de informação da cidadania sobre tudo e sobre todos...

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por Murillo de Aragão, cientista político (Blog de Noblat)

José de Abreu, o Zé Bigorna

Sou interneteiro. José Mayer me chama de ‘José Windows’. Sei achar tudo que há no mundo pela internet, criamos uma rede de desmontar factóides. Quando começou aquela onda de emails... aquelas coisas... Dilma guerrilheira, lésbica, f.d.p., que roubava dinheiro dos companheiros... quando aquela baixaria começou, aí descobri que tinha até falso indiano trabalhando com essa coisa de internet dos caras (da campanha do Serra). Consegui quase 11 mil seguidores em uma twitcam. Falei por quase 2 horas sobre a ditadura, que não fazíamos terrorismo, como era a censura... Usei muito, muito o twitter a favor da Dilma, 20 horas por dia. Foi guerrilha virtual. Tive 7 mil seguidores, apaguei a conta porque fiquei com medo das ameaças. O que importa não é a quantidade de seguidores, mas quantas vezes fui retuitado. Tinha frase minha que foi retuitada 20, 30 mil vezes. A cada semana mudava de nome, sempre com nome falso. Usei vários nomes, como Marcos Ovos, Senhor Jardineiro e o que ficou mais famoso, o Zé Bigorna.
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Dilma ficou sabendo, o Lula sabendo das coisas que eu fazia... A Dona Marisa me ligou do Chile para comentar meu trabalho. Falou: ‘nós estamos sabendo de tudo, que coisa linda você tá fazendo’. Aí fiz mais umas sete ou oito twitcams. Postava uma twitcam, onde dava uma aula sobre a ditadura. Abro a camerazinha e coloco 10 mil pessoas em dez minutos ouvindo o que tenho pra falar. Tenho esta facilidade. Meus recados eram para desmentir os boatos sobre Dilma... Ela não era terrorista, nem eu. A gente era herói. Terrorista era o Estado brasileiro.
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Estudava Direito, na PUC de São Paulo, quando entrei na luta clandestina contra a ditadura. Fui da Var-Palmares, a mesma organização da Dilma. Se a conheci, eu não lembro. A gente não conhecia os companheiros, eram nomes de guerra, não tinha como lembrar.
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Quando houve o fechamento político, depois de 1971, quando saí da organização, fiquei escondido na Bahia, em Recife, parei em Arembepe (BA), que foi o Woodstock brasileiro. Ali pintou ácido lisérgico, ioga, flauta doce, rock progressivo... Comecei um processo de viagem espiritual, autoconhecimento, namorei uma jovem na época... Juntou aí a vontade de conhecer Londres e Amsterdã, símbolos da libertação hippie. A política ficou de lado. Os esquerdistas foram para Paris e eu para Amsterdã.
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Não aceitaria (cargo no governo Dilma), apenas se fosse um cargo de um conselho, desde que não tenha salário. Não sou político profissional, sou militante por amor. Quero acabar com a miséria. Agora, se ela falar que estou convocado, eu vou. Mas talvez doe meu salário. Tenho o salário da Globo. Ganho muito bem lá”.
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José de Abreu é ator da Rede Globo - Fonte: Último Segundo - Foto: Agência Estado

O feminino e as Farc

A ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt afirmou, durante sabatina da Folha, que o fato de ser mulher tornou muito difícil ser refém das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Segundo ela, a hierarquia da guerrilha é composta por homens...

"A raiz sociológica das Farc é o campesinato colombiano, que é muito machista. Há uma reação forte contra a mulher", afirmou. "Os campesinos têm um rechaço a tudo o que pode ser comportamento feminino, como orar, delicadezas, emoções..."

quarta-feira, novembro 03, 2010

Doações das empreiteiras

Empreiteiras doaram para as campanhas desta eleição R$ 237 milhões. De acordo com informações da Justiça Eleitoral as empresas e suas subsidiarias distribuíram recursos a quase todos os partidos, exceto os de extrema esquerda, e a todos os cargos em disputa. Do total de doações das construtoras, R$ 155 milhões foram repassados por meio dos comitês financeiros ou das direções partidárias. Esse valor representa 65% das doações feitas pelas empreiteiras na campanha (OAS, Camargo Corrêa, Odebrecht, Votorantim, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Delta e Serveng-Civilsan). Entre as oito construtoras, a campeã em financiamento de candidatos até agora é a Camargo Corrêa, com 84 milhões de reais. Em segundo lugar, a Queiroz Galvão, com 50 milhões de reais e em terceiro, a Andrade Gutierrez, com 41 milhões de reais. Um dos beneficiados com as doações foi o governador Jaques Wagner, que recebeu R$ 10,3 milhões do total.
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Informações do Bahia Notícias

terça-feira, novembro 02, 2010

Ecos da eleição

Quando a fome apertou ele (o marido) perguntou para ela (a esposa) se a mesma poderia fazer o café com pão quente e ovos... Ela respondeu:
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Sim, eu posso.
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Ele com a voz inaudível balbuciou:
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Obrigado, Dilma...

segunda-feira, novembro 01, 2010

Sim, mas...

A Bahia deve registrar a temporada de verão mais concorrida dos últimos dez anos. De acordo com a Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur) a expectativa é de 6,6 milhões de visitantes durante a alta estação, período que começa em novembro e vai até março de 2011. Informações da Tribuna da Bahia
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O que o governo estadual e a prefeitura estão fazendo? Já começaram a arrumar a sala para receber os visitantes?