terça-feira, dezembro 08, 2009

O mau uso do jaleco

É comum encontrarmos profissionais da área de saúde desfilando de jaleco branco em locais próximos à clínicas e hospitais. É sabido que essas vestimentas podem propagar bactérias e vírus hospitalares.
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Durante o período de formação de qualquer curso da área de saúde, o futuro profissional é ensinado e orientado a proceder com todos os cuidados relativos à biossegurança, mas, pelo que parece, nas instituições médicas o hábito de preservar o ambiente externo não é levado a sério. Pior, o uso do jaleco branco em locais públicos é incentivado pelos profissionais mais antigos que dão o mau exemplo
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O que se vê são médicos, dentistas, enfermeiros e auxiliares frequentemente sendo vistos em restaurantes dentro e fora dos seus locais de trabalho. São profissionais que entram em contato com diversos tipos de infecções e que de forma irresponsável levam esses agentes microscópicos aos locais públicos.


O registro acima foi no restaurante do Hospital Português
Do mesmo modo que existem pessoas acometidas da Síndrome do Jaleco Branco e que devido à tensão pré-exame tem a sua pressão arterial elevada, parece que os profissionais da área de saúde, por questão de status, abondonaram os ensinamentos que receberam em suas faculdades. Alguns não se satisfazem com essa exibição e ainda penduram o estetoscópio no pescoço..
Não podemos deixar de atribuir às instituições hospitalares a responsabilidade pela fiscalização dos procedimentos básicos relativos à biosegurança.
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Aviso em restaurante confirma o mau hábito dos profissionais de saúde em relação à biossegurança
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Sinônimo de pureza e higiene, os jalecos começaram a ser usados também em oficinas mecânicas. Livrarias e salão de beleza também absorveram esse hábito que já foi mais utilizado por professores em sala de aula.

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Segundo informações do site JusBrasil, está em tramitação na Assembleia Legislativa projeto de lei de autoria do deputado Iso Moreira (PSDB), que estabelece restrição aos profissionais da área de saúde que atuam em Goiás de utilizarem equipamentos de proteção individual com os quais trabalham, tais como jalecos e aventais, fora do seu ambiente de atuação.
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"O risco é pequeno, mas existe. E doenças podem chegar tanto da rua para os pacientes do hospital quanto do hospital para pessoas fora dele. No ambiente hospitalar, há muita gente com o sistema de defesa do organismo em baixa, portanto vulnerável a infecções. E, de fora dele, idosos, doentes e crianças também ficam mais ameaçadas", diz o parlamentar.
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Biomédicos alertam que o grande problema da prática é que bactérias e outros agentes microscópicos de doenças peguem carona na roupa, em especial em suas mangas e bolsos.
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O uso do jaleco branco dentro de hospitais e clínicas, segundo pesquisas, aumenta o índice de confiabilidade e segurança pelo paciente, mas utilizado de maneira indevida em locais inadequados, depõe contra a profissão.

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