sexta-feira, fevereiro 22, 2013

"O TEMPO PASSOU E ME FORMEI EM SOLIDÃO"

por José Antônio Oliveira de Resende (*)
.
Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de pára-quedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... Casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas
– e dizia:
– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... Tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também.
Pra quê televisão? Pra quê rua? Pra quê droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... Era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa... A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... Até que sumissem no horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
– Vamos marcar uma saída!... – ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas.. Pra quê abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos, do leite...
Que saudade do compadre e da comadre!
.
(*) Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei.

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Sem criação para o abate, frigoríficos buscam cavalos de descarte


Os produtores rurais do município gaúcho de São Gabriel receberam com repúdio o frigorífico Foresta, há cerca de 15 anos. O motivo: em vez de bois, o grupo com origem uruguaia abate cavalos.
"Esse hábito violentava os nossos costumes e tradições. Um gaúcho jamais mataria um cavalo de montaria que foi companheiro do homem", afirma o produtor Renato Fagundes, que tem fazenda em São Gabriel e já vendeu animais para o frigorífico.
Com o tempo, os produtores perceberam que poderiam fazer negócio com animais de descarte --velhos ou que, por algum motivo, não servem para o trabalho no campo. "E o abate se tornou natural."
Hoje, o Foresta é o único no país com exportações regulares relevantes. Em janeiro, 80% dos embarques do setor partiram de São Gabriel.
É o sobrevivente de um setor em declínio. Até 2009, o Brasil alternava a terceira e a quinta posição entre os maiores exportadores de carne de cavalo --prato estranho aos brasileiros, mas uma iguaria na culinária europeia. Veja mais aqui!

Praias da Bahia ficam de fora de ranking das melhores do Brasil e do mundo

Baía do Sancho, em  Fernando de Noronha, a mais bonita (Foto: Divulgação)

Em uma avaliação que elegeu as melhores praias com base nos elogios e críticas dos turistas, a Bahia ficou de fora da premiação Traveler's Choice 2013-Praias divulgado nesta quarta-feira (20). Na pesquisa feita pelo site TripAdvisor, a Baía de Sancho, em Fernando de Noronha (PE), foi eleita a melhor do Brasil e a 4ª melhor do mundo.

Outra brasileira no ranking das dez melhores do mundo foi a Praia de Lopes Mendes, na Ilha Grande (RJ), que ficou em segundo lugar na pesquisa nacional e em sétimo no mundo.

Ao todo, foram avaliadas 276 praias. A seleção de qualidade foi feita a partir da quantidade de comentários e avaliações das praias por milhares de usuários durante 12 meses. 

Segundo a pesquisa, a melhor praia do mundo é a Spiaggia dei Conigli, na Itália. Em segundo lugar está Grace Bay, no Caribe, e Whiteheaven Beach, na Austrália, em terceiro.

Nem mesmo na lista brasileira as praias da Bahia foram lembradas. As melhores são Fernando de Noronha (PE), Ilha Grande (RJ), Porto de Galinhas (PE) e Rio de Janeiro (RJ), cada uma com duas praias. Pipa (RN) e Maceió (AL) também aparecem na lista.
Informações do Correio da Bahia

terça-feira, fevereiro 19, 2013

"Viajando na viagem"


Vamos fazer uma viagem? É uma viagem por temas e imagens que marcaram época, pelo menos a minha. Vamos começar relembrando a abertura da série Jeannie é um Gênio. Era muito legal assistir as peripécias dessa bela “Gênia” com o Major Antony Nelson, se lembra? E A Feiticeira? Que homem não iria querer uma mulher que abdica de seus poderes para viver um grande amor? Melhor ainda, de só usá-los quando for para a felicidade do casal. Ainda tinha aquela sogra que era a feiticeira má. Isso é antigo, hein? Eu estudava e tomava banho rápido só para assistirPerdidos no Espaço. A estória da família Robinson… Lembro que eu ficava imitando aquele robô com os braços estendidos e gritando, "perigo! perigo!" Que mico! E as trapaças de Dr. Smith? Dava uma raiva retada!
.
Agora, as aventuras do Agente 86, Maxwell Smart, era i m p a g á v e l! Tinham chavões do tipo, “não me diga que o colar foi roubado?”, e em seguida ele dizia, “eu pedi pra você não dizer isso”. O telefone era na sola do sapato dele, se lembra? A disputa do “CONTROLE” com a “KAOS“, era demais. E quando ele se apaixonou pela agente 99? Eu torcia pelos dois. Alí era o exemplo de que um homem e uma mulher podem defender a mesma causa sem haver disputa. Com tamanha cumplicidade, só poderia dar em casamento...
.
.
Dos desenhos, os que eu mais gostava eram o futurístico Os Jatsons e Os Flintstones. A amizade de Fred e Barney era o máximo. O grito, “Yabba-Dabba-Doo!” e o irritado “Wilmaaa!!!”, quem não se recorda? O cuidado que eles tinham com Wilma e Beth era comovente. Depois nasceram Bam-Bam e Predrita. Ainda bem que eles não viram os pais deles fazendo essa propaganda de cigarros. Pois é, ninguém é perfeito...
.
Já ia esquecendo de mencionar a dupla dinâmica. Na mesma bat hora e no mesmo bat canal lá estava eu em frente à TV para ver Batman e Robin. Depois transformaram eles num casal, mas isso é outro papo. Na nossa inocência não cabia esses pensamentos.
.
Ah, também gostava muito do Príncipe NamorO Incrível HulkO Poderoso ThorO Homem de FerroO Clube Marvel, etc, etc. Tantos heróis que nos faziam crer que não estávamos sozinhos. Haveria sim, algum ser terrestre que pudesse nos defender dos perigos, dos monstros, dos invasores. Na verdade, eram os nossos pais e nós não sabiamos. Ou quem sabe, era o herói que existe dentro de cada um de nós.

domingo, fevereiro 17, 2013

Campanha "40kg em 40 dias"

Galerinha da Creche Teresa de Lisieux  - 2012
Vamos nessa? Não, não é uma dieta. É uma proposta para a Quaresma. Você junta 1kg de alimento não perecível por dia e juntos, no 40º dia, vamos distribuir aos mais necessitados. É fácil conseguir!

São decisões simples. Basta não tomar aquele cafezinho ou suspender a sobremesa durante este período. Pondo 100g a menos no prato do almoço também vai ajudar... De quebra você ainda entra na "medida certa". Gostou, né? Vamos nessa?   

É o III Ano da Campanha "40KG em 40 dias".  
Em 2012 foram arrecadados, aproximadamente, 500kg de alimentos! Foram duas as instituições atendidas: Lar Fraternidade Dourada e Creche Santa Tereza de Lisieux . Depois divulgaremos os locais de coleta dos alimentos.

 Quaresma é Oração, Jejum e CARIDADE!