quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Sem criação para o abate, frigoríficos buscam cavalos de descarte


Os produtores rurais do município gaúcho de São Gabriel receberam com repúdio o frigorífico Foresta, há cerca de 15 anos. O motivo: em vez de bois, o grupo com origem uruguaia abate cavalos.
"Esse hábito violentava os nossos costumes e tradições. Um gaúcho jamais mataria um cavalo de montaria que foi companheiro do homem", afirma o produtor Renato Fagundes, que tem fazenda em São Gabriel e já vendeu animais para o frigorífico.
Com o tempo, os produtores perceberam que poderiam fazer negócio com animais de descarte --velhos ou que, por algum motivo, não servem para o trabalho no campo. "E o abate se tornou natural."
Hoje, o Foresta é o único no país com exportações regulares relevantes. Em janeiro, 80% dos embarques do setor partiram de São Gabriel.
É o sobrevivente de um setor em declínio. Até 2009, o Brasil alternava a terceira e a quinta posição entre os maiores exportadores de carne de cavalo --prato estranho aos brasileiros, mas uma iguaria na culinária europeia. Veja mais aqui!

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