quinta-feira, julho 30, 2009

"Ó paqui, ó!" - Pelourinho: Histórico das restaurações

Interessante a análise a seguir da Profa. Barbara Freitag Rouanet (Professora Emérita da UnB-Universidade de Brasília), sobre o Pelourinho, publicado no Correio Braziliense, em 18/12/05.

Existe uma controvérsia em torno da recuperação do Pelourinho que já dura décadas.A começar pelo próprio nome: “Pelourinho” é utilizado como metonímia para designar o Centro Histórico da primeira capital do Brasil colônia. Como é sabido, pelourinho era a designação dada a uma coluna de pedra ou madeira, erguida pelo colonizador português no centro de uma praça pública, em que eram castigados criminosos e escravos. Em Salva- dor, o primeiro pelourinho foi erguido na Praça Castro Alves, numa bela homenagem ao defensor da abolição da escravatura. Com a expansão da cidade, foi deslocado para a Praça Municipal e depois, para o Largo do Pelourinho, próximo à Igreja N.S. do Rosário dos Pretos. Desde então, o “Pelourinho” ficou associado ao Centro Histórico de Salvador. A partir de 1965 pensou-se na recuperação dos velhos casarões e quarteirões deste centro na “cidade Alta”, deteriorados com o passar dos séculos.
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A “revitalização” do “Pelourinho” na década de 70 tinha caráter assistencialista e concentrava-se no “saneamento” do local e na “reeducação” da população pobre que havia transformado em cortiços os casarões, antigas moradias dos barões do açúcar e de sacerdotes...
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A partir de 1992 foi iniciado um projeto de restauração do Pelourinho, tentando evitar os erros do passado. O Programa de restauro envolveu medidas urbanísticas que partiram de um zoneamento de quarteirões inteiros cuja recuperação envolvia quase mil imóveis, o saneamento básico (água, esgoto, fiação de luz, telefone, cabos de internet, etc.) da zona contemplada e o cadastramento dos habitantes num total de quase 4 mil pessoas.
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Leia na íntegra aqui.

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