sábado, janeiro 09, 2010

Polêmica: Retirada de símbolos religiosos de locais públicos

Até a Igreja Católica, com a qual o governo petista mantém vínculos estreitos nos movimentos pastorais de base, protestou contra a proibição de símbolos religiosos em locais públicos, um dos itens previstos no decreto. Informações do Jornal de Santa Catarina
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– Daqui a pouco vamos ter que demolir a estátua do Cristo Redentor – protestou o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Resende, para quem há intolerância religiosa num programa que deveria promover a livre manifestação religiosa.
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A iniciativa da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de São Paulo de entrar com uma ação pedindo a retirada dos símbolos religiosos de repartições públicas federais no estado é considerada pela Igreja como uma ameaça à liberdade de expressão religiosa.
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A hostilidade diante de todas as formas de reconhecimento da importância política e cultural da religião, em particular a presença de qualquer símbolo religioso em instituições públicas (...), não é sinal de um laicismo saudável, mas da degeneração do laicismo", afirmou o Papa Bento XVI.
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"O Estado não pode considerar a religião como um simples sentimento individual que pode ser confinado à esfera privada", disse o chefe espiritual dos 1,1 bilhão de católicos do mundo.
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A religião "deve ser reconhecida como uma presença comum pública" e seus símbolos devem ser permitidos em escritórios, escolas, tribunais, hospitais, prisões e outros locais, acrescentou o Sumo Pontífice, de 79 anos.
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"Uma visão irreligiosa da vida, do pensamento e da ética" conduziu a uma concepção errônea do laicismo, "um termo que parece ter se convertido no símbolo essencial (...) da democracia moderna", lamentou.

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