por Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho (CatolicaNet)
É impressionante o que a internet apresenta quando se coloca em pesquisa a epígrafe deste texto. Entretanto o que se verifica é que, se é verdade que há falhas na fiscalização na estrutura física e pedagógica de muitas Escolas, se esquece, além disto, de um ponto fundamental que é a educação dos adolescentes e jovens.
Com efeito, uma Escola é para formar pessoas para a vida. Ora, um dos ornatos do ser humano bem educado é a finura de trato que o leva ao respeito aos outros. No entanto, pouco se incomodando com os vizinhos, há Estabelecimentos de Ensino que patrocinam toda espécie de alaridos, perturbando os que querem estudar, trabalhar. Muitas vezes nem dentro de casa se tem mais sossego!
Nos dias de hoje já se vive enjaulado pela necessidade de grades em todas as janelas, alarme, cerca elétrica em todo o perímetro das residências e se acrescente agora a necessidade das janelas e portas acústicas de preço tão elevado por força da gritaria de alunos mal educados, incivilizados.
Os pais que preferem colocar os filhos em colégios particulares não podem se deixar levar apenas por certos slogans que, muitas vezes, não correspondem à realidade.
Uma vez matriculados os filhos não bastam as rotineiras reuniões de pais e mestres, cumpre também uma visita às dependências da Escola para verificar se elas realmente oferecem condições para uma convivência humana digna.
Além da linha pedagógica as regras de disciplina e funcionamento são essenciais.
Hoje, mais do que nunca cumpre redefinir a prática educativa num contexto em que a agitação é generalizada e dentro das escolas se deveriam formar pessoas mais calmas não entregues à algazarra como se fossem donos do mundo.
É preciso um questionamento constante sobre: “Educar-como?, para quê? o quê?” que foram questões pertinentes levantadas por Thedor Adorno. Próximo de sua morte, em 1969, ele inclusive se envolveu em uma polêmica com seu companheiro e amigo da Escola de Frankfurt, Herbert Marcuse, por não ter apoiado os estudantes que, em 31 de janeiro daquele ano, desejavam interromper sua aula, para continuar, dentro do Instituto, os protestos que tomavam as ruas das capitais da Europa. Adorno chamou a polícia. Marcuse se posicionou a favor dos estudantes.
É preciso que os mestres saibam formar e evitar uma forma totalmente bizarra e pitoresca de ver a vida. Um mínimo de disciplina é necessário, pois quem faz tudo que quer, acaba mesmo fazendo o que não deve.
Mister se faz mostrar a adolescentes e jovens que brega, deselegante, cafona é não lutar por um mundo digno, é não respeitar os outros, é gritar, é não ter autocontrole.
Um mundo melhor depende muito da educação ministrada nas Escolas!
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