Foto: AFP
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De Gilles Lapouge (O Estado de S. Paulo)
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No futuro, quando se quiser viajar, primeiro será preciso ficar nu. É uma moda nova. Ela chegou nos EUA, mas a Europa a está adotando com estardalhaço.
Holanda, depois Grã-Bretanha e França em seguida. O rebuliço todo foi motivado por um jovem nigeriano que tentou explodir um avião na rota de Amsterdã para Detroit, mas fracassou.
Para um atentado frustrado, ele até que funcionou. Temerosas, autoridades instalaram em aeroportos aparelhos complexos capazes de ver através das roupas e o nigeriano conseguiu obrigar uma legião de homens e mulheres a se despir diante de um funcionário de aeroporto.
A roupa - isso é, o pudor, a intimidade - é uma das marcas da condição humana. A quase totalidade das civilizações considera a nudez um tabu.
É por isso que, quando europeus enfiaram seus narizes na América e na África, duas coisas os chocaram: primeiro, que aqueles "selvagens comiam uns aos outros" e, depois, que estavam todos nus.
Cientistas e teólogos inicialmente opinaram que aquela gente nua não era humana. Foi preciso que o papa escrevesse uma bula para decretar que é possível estar completamente nu e, mesmo assim, ser homem ou mulher.
É preciso que o pânico das sociedades seja grande ante a ameaça dos terroristas para que esse tabu tão antigo, tão maciço, se desfaça.
As resistências são grandes, é verdade. Estudam-se novos scanners que terão a delicadeza de queimar logo em seguida as imagens.
Enfim, será dada aos viajantes a possibilidade de recusar o scanner, com a condição de aceitarem se submeter à "apalpação". A escolha é sua!
Podem-se imaginar os diálogos no aeroporto: "Minha senhora, o que prefere? Se mostrar inteiramente nua ou ser apalpada?" Tudo isso porque um nigeriano não conseguiu detonar uma bomba.
Ninguém subestima o terrorismo. Mas não será entrar no jogo do terror dar uma resposta tão gigantesca?
.No futuro, quando se quiser viajar, primeiro será preciso ficar nu. É uma moda nova. Ela chegou nos EUA, mas a Europa a está adotando com estardalhaço.
Holanda, depois Grã-Bretanha e França em seguida. O rebuliço todo foi motivado por um jovem nigeriano que tentou explodir um avião na rota de Amsterdã para Detroit, mas fracassou.
Para um atentado frustrado, ele até que funcionou. Temerosas, autoridades instalaram em aeroportos aparelhos complexos capazes de ver através das roupas e o nigeriano conseguiu obrigar uma legião de homens e mulheres a se despir diante de um funcionário de aeroporto.
A roupa - isso é, o pudor, a intimidade - é uma das marcas da condição humana. A quase totalidade das civilizações considera a nudez um tabu.
É por isso que, quando europeus enfiaram seus narizes na América e na África, duas coisas os chocaram: primeiro, que aqueles "selvagens comiam uns aos outros" e, depois, que estavam todos nus.
Cientistas e teólogos inicialmente opinaram que aquela gente nua não era humana. Foi preciso que o papa escrevesse uma bula para decretar que é possível estar completamente nu e, mesmo assim, ser homem ou mulher.
É preciso que o pânico das sociedades seja grande ante a ameaça dos terroristas para que esse tabu tão antigo, tão maciço, se desfaça.
As resistências são grandes, é verdade. Estudam-se novos scanners que terão a delicadeza de queimar logo em seguida as imagens.
Enfim, será dada aos viajantes a possibilidade de recusar o scanner, com a condição de aceitarem se submeter à "apalpação". A escolha é sua!
Podem-se imaginar os diálogos no aeroporto: "Minha senhora, o que prefere? Se mostrar inteiramente nua ou ser apalpada?" Tudo isso porque um nigeriano não conseguiu detonar uma bomba.
Ninguém subestima o terrorismo. Mas não será entrar no jogo do terror dar uma resposta tão gigantesca?
Matéria encontrada no Blog de Noblat
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