quarta-feira, novembro 25, 2009

"Teria sido mais fácil para mim não prendê-lo"

Cinco anos depois de comandar a Operação Rudis, que culminou com a prisão em flagrante do publicitário Duda Mendonça em uma rinha de galo no Rio, o delegado da Polícia Federal Antonio Cardoso Rayol persegue outro alvo, a própria aposentadoria, mas não consegue. O motivo são processos administrativos disciplinares abertos contra ele porque, segundo diz, "atreveu-se a prender o marqueteiro que é amigo do presidente da República". "Eu acho que me aborreci mais do que ele (Duda)", declara Rayol, 32 anos de carreira. "Teria sido mais fácil para mim não prendê-lo. Depois de tantos anos é como se eu tivesse sido condenado". Para ele, os delegados que assumem investigações "contra influentes não têm segurança jurídica porque dependem de advogados amigos ou da assessoria do sindicato de classe". Marqueteiro do presidente Lula e do PT, Duda foi detido no sítio Privê, Recreio dos Bandeirantes, palco da briga de galo, em outubro de 2004 - nove dias antes do segundo turno das eleições municipais daquele ano. Ele fazia a campanha à reeleição de Marta Suplicy (PT) à prefeitura paulista. Um comando da PF, dirigido por Rayol, invadiu a arena com 200 apostadores. Capturado, Duda disse: "O Brasil sabe que o meu hobby é esse". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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