Fonte Nova agoniza à espera da ressurreição em 2014
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A justificativa faz lembrar a história do filho que rebate a ordem da mãe para arrumar a cama alegando que terá que desfazê-la no fim da noite. À espera da restauração para a Copa do Mundo de 2014, a Fonte Nova apodrece a olho nu. Interditada desde o dia 25 de novembro de 2007, quando sete torcedores perderam a vida na maior tragédia da história do futebol nacional.
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Vítimas da tragédia de 2007 são lembradas com cruzes no local do acidente
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O estádio Octávio Mangabeira é a imagem da melancolia e do abandono. O cenário se torna ainda mais depressivo se levado em conta as condições sub-humanas na qual vivem moradores de ruas abrigados nos arredores do local.
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Mendigos construíram até barracos nas instalações da Fonte Nova
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Com licitação aberta no segundo semestre desse ano pelo governo estadual, a expectativa é de que as obras para a construção da Arena Fonte Nova para a Copa de 2014 tenham início nos primeiros meses de 2010, com a demolição da estrutura atual. Entretanto, se o palco do futebol ao menos tem datas e perspectivas para que seja ressuscitado, a questão social que envolve o local esbarra em um conflito de interesses para que seja solucionada.
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Responsável pela gestão do complexo esportivo, a Sudesb lava as mãos quando o assunto é a presença de mendigos no entorno da Fonte Nova.
Mendigo dorme em frente a uma das bilheterias da Fonte Nova. Moradores de rua tomaram conta do local
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Mais do que a perda da Fonte Nova para a realização de eventos esportivos e culturais, a interdição afetou também atividades sociais que faziam parte da rotina do complexo. A escola estadual localizada no local, por exemplo, está desativada desde o dia da tragédia.
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Matéria de Cahê Mota (Globo Esporte)
Contribuição para o blog: Grupo Ch.ama
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