Autor de mais de 40 protótipos de veículos, o professor Ricardo Bock, coordenador do curso de Engenharia Automotiva da FEI (Fundação Educacional Inaciana), no ABC paulista, tira algumas dúvidas dos motoristas que enfrentam os congestionamentos diários.
Qual parte do carro é a mais prejudicada nos congestionamentos?
O sistema de embreagem é o que mais se desgasta na maioria dos carros. Por isso, o ideal é sempre desengatar a marcha e segurar o carro com o freio, não com a embreagem, tanto em carros com transmissão manual como na automática. Ficar parado em primeira com o pé na embreagem expõe o carro ao risco de escorregamento entre disco de embreagem, o platô e o volante do motor, o que gera calor e compromete a vida útil do sistema de embreagem. Já nos carros com transmissão automática pura, deixá-lo parado fora da posição “parking” ou “neutro” acaba deteriorando o óleo de transmissão.
Ao parar no engarrafamento, vale a pena desligar o carro? E puxar o freio de mão?
Isso varia muito, mas, para a média dos carros, não é um bom negócio. Se o motorista tiver certeza que vai ficar mais de 10 minutos parado, daí sim vale a pena. Caso contrário, o desperdício de combustível na partida acaba sendo maior do que deixando o carro ligado. Já o uso de freio de mão nas paradas é bom, pois dispensa a exigência de calor dos outros sistemas.
Como economizar combustível nos congestionamentos?
Não tem mágica: é só trabalhar no ritmo que o motor exige, sem preguiça de trocar as marchas. Quando o carro anda na potência ideal, seu consumo é o mais baixo possível.
Além de desgastar o carro, ficar segurando o veículo parado cansa o motorista...
Sem dúvida. O desgaste de passar horas no trânsito é muito grande para o motorista. A trepidação das ruas faz com que a pessoa dentro do carro fique com a musculatura naturalmente retraída. A sensação física de exaustão ao sair do carro é real. Além disso, a rotação dos pneus, que fica em torno de 10 hertz (ou 10 oscilações por segundo) também faz com que o corpo humano vibre e se canse facilmente, mesmo com o impacto diminuído pelo sistema de suspensão. Uma coisa é dirigir em Frankfurt ou na Itália, com distâncias pequenas e vias mais regulares. Outra, bem diferente, é encarar nossas ruas.
Fonte: Terra
Um comentário:
Muito interessante.Convido seus leitores a conhecer meu site http://trajanoengseg.blogspot.com e ver outros artigos sobre TRâNSITO,DIREÇÃO DEFENSIVA e CONDUTORES na opção "Busca neste site".
Abraço,
Trajano
Postar um comentário